Vice do Flamengo revela: "Não sabemos o tamanho da torcida."
Fred Luz, diretor executivo de marketing do Flamengo, expôs nesta terça-feira as dificuldades que o clube carioca tem de lidar com sua enorme torcida. Presente no Seminário Bussiness FC 2013, evento de negócios do futebol realizado em São Paulo, o dirigente contestou as pesquisas que apontam que flamenguistas não sejam em maior número absoluto no País, mas admitiu que tal potencial não é devidamente explorado.
“O Flamengo ainda não sabe o tamanho dele, dada a falta de conhecimento que a gente tem na relação com o nosso torcedor”, admitiu Fred Luz, em encontro com dirigentes de Grêmio, Cruzeiro e São Paulo. Segundo o diretor, o Flamengo tem 33 milhões de torcedores no Brasil e 40 milhões espalhados pelo mundo. Cerca de 80% dos flamenguistas que moram no País não estão no Rio de Janeiro.
Isso o fez contestar as pesquisas que apontam um crescimento da torcida do Corinthians, outra potência quanto ao número de adeptos, a ponto de alcançar mais torcedores do que os flamenguistas. “Quando essas pesquisas aumentam o escopo das cidades, a distância do Flamengo aumenta muito. O Flamengo tem uma dominância muito grande em cidades menores”, afirmou.
No debate, mediado pelo jornalista Fábio Sá, Fred ouviu experiências de outros clubes e apontou o enorme potencial que, até agora, não soube ser explorado pelos clubes. O Cruzeiro, por exemplo, aumentou em 30 mil seu número de sócios-torcedores em questão de alguns meses em 2013 (ao todo são 40 mil). O São Paulo vê o potencial nas redes sociais, onde cerca de 80 mil pessoas seguem as páginas de sócio-torcedor, mas há apenas 25 mil associados.
Já o Grêmio conta com uma base chamada “Exército” cadastrada e pronta para ser abordada e convidada a aumentar o quadro de sócios-torcedores, número de 78 mil atualmente. O Flamengo, dono da maior torcida, por sua vez, soma 40 mil associados e agora tenta impor aos seus fãs o sentimento de fazer parte do clube. “O sonho não é um benefício tangível: é intangível, ou seja, um clube cheio de ídolos. E para isso, precisamos ter recursos”, disse Fred.
Fonte: Terra
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