Procon ameaça bloquear renda se Flamengo não reduzir preço do ingresso
Secretária da entidade diz que já existe ação pronta para multar o clube se não houver acordo na reunião desta quarta
Rio - O alto valor dos ingressos para a partida entre Flamengo e Atlético-PR, pela final da Copa do Brasil, pode se transformar em uma batalha judicial. O Procon-RJ já notificou e cobrou explicações do Rubro-Negro pelo aumento do valor das entradas (variam de R$ 75, a meia-entrada para sócio-torcedor, a R$ 800). Nesta terça-feira, o diretor de marketing do Flamengo, Fred Luz, descartou qualquer possibilidade de abaixar os preços.
No entanto, a secretária da instituição, Cidinha Campos, garantiu ao O DIA que a situação será mudada. Segundo Cidinha Campos, caso a diretoria do Flamengo não entre em acordo com o Procon na reunião desta quarta-feira, o clube será autuado e multado em razão do aumento dos preços dos ingressos para a partida do dia 27 de novembro, no Maracanã.
"A ação já está pronta, eles virão aqui amanhã (quarta-feira) e, se não houver um acordo, nós vamos pedir o bloqueio da renda à Justiça. Se eles não reduzirem estes valores, vamos autuar e multar, se for necessário. Já fizemos o pedido de todo o faturamento do Flamengo nos últimos três meses, sabemos o quanto cobraram em cada jogo, o quanto faturou. E a multa, por lei, é em cima de todo o faturamento da empresa ou instituição nos últimos três meses" , afirmou.
Quanto aos comentários do diretor de marketing rubro-negro Fred Luz, Cidinha garantiu não se importar. Segundo a secretária, a alta quantidade de pedidos de torcedores para que o Procon consiga mudar esta situação mostra que a suposta grande procura pelos ingressos, mencionada pelo dirigente rubro-negro, não deve ser verdadeira.
"Talvez todos os milionários do Rio tenham aderido ao Flamengo, mas o que nós estamos recebendo aqui são pedidos de torcedores para que a gente consiga impedir essa venda e nós vamos conseguir isso", disse a secretária do Procon.
Cidinha Campos lembrou que o Procon pode interferir nos preços dos ingressos. "Claro que temos esse poder, é uma relação de consumo. Quando ele diz que a procura é enorme, que está praticamente esgotado, ele está jogando. O que importa é que está sendo cobrado um valor muito acima do aceitável, ainda que tenha gente que pague qualquer preço por esses ingressos", avaliou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário