Por Conivencia, Eduardo Bandeira De Mello, Se Omite de Responsabilidade

Fla não fará caça a culpado por escalação de lateral, e jurídico e futebol assumem juntos

O Flamengo tem tanta convicção de que o STJD errou ao punir o clube pela escalação de André Santos contra o Cruzeiro que não vai promover nenhuma “caça às bruxas” internamente para responsabilizar funcionários. Após a decisão do tribunal, onde a tese do clube e os votos dos auditores mostraram que a decisão era subjetiva, a diretoria tentou sair por cima, com nota criticando o “desserviço ao futebol”, mas ninguém assumiu a culpa pelo risco desnecessário em uma partida sem validade alguma.

Oficialmente, a diretoria informou que a decisão foi do clube, sem separar entre departamento jurídico e de futebol. Internamente, os dois setores tiveram o mesmo entendimento, de que o jogador não atuando contra o Vitória teria sido suficiente. Responsáveis por informar ao técnico Jayme de Almeida se pode escalar ou não o jogador, o diretor Paulo Pelaipe teve o aval dos advogados do clube e não suspeitou de nada. Os vice-presidentes das duas pastas, Wallim Vasconcellos, do futebol, e Flávio Willeman, do jurídico, deram respaldo. Michel Assef Filho, que defendeu o clube no STJD, não foi consultado de imediato, chegando só depois que a "bomba" havia estourado.

Decisão tomada, consequências assumidas. Mesmo após o resultado do julgamento, os advogados do Flamengo consideraram a decisão política. Em comunicado, a diretoria reafirma que “ficou claro que o Flamengo acabou sendo incluído no imbróglio fático-jurídico que se formou por questões aparentemente circunstanciais, na medida em que os fatos que deram origem às punições de Flamengo e Portuguesa, apesar de diametralmente distintos, acabaram sendo compreendidos como se similares fossem”.

O clube informou ainda que, mesmo respeitando o entendimento firmado pela 1ª Comissão do STJD, irá interpor recurso ao Pleno do Tribunal e não medirá esforços para fazer prevalecer o direito à interpretação que deu da lei em todas as instâncias possíveis.

“Para nós, o que ocorreu ontem foi um desserviço ao esporte e um desrespeito aos torcedores/consumidores, que vivenciaram o Campeonato Brasileiro de 2013, vibrando ou lamentando os resultados da última, e necessariamente derradeira, 38ª rodada do Brasileirão”, diz a nota.

“Iremos para o julgamento do Pleno do STJD com a confiança de que a injustiça a que fomos vítimas será corrigida e que nosso recurso será provido”, escreve o clube, por fim.


STJD

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